A pesquisa "Economia Colaborativa na América Latina" realizada pela escola de negócios IE Business School em conjunto com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Ministério da Economia e Competitividade Espanhol, apontou o Brasil em primeiro lugar no ranking de iniciativas de economia compartilhada, com 32% de ações focadas nesse objetivo. O número salienta a crescente mudança de hábito que acontece no país baseado no conceito de experiência ao invés de posse.
O síndico profissional da Syndic, Paulo Marques, salienta que o compartilhamento de espaços tende a ser muito positivo, pois, além de um aproveitamento mais sustentável dos locais e de proporcionar maior economia e geração de renda, apresenta uma oportunidade de interação entre os condôminos, aproximando pessoas e construindo um ambiente mais acolhedor. “Para que tudo ocorra bem, é necessário definir previamente a maneira como o morador pode se beneficiar desse conceito e viver em harmonia”, afirma Paulo.
Vários empreendimentos residenciais apresentam essa forma de utilizar os espaços, têm atraído muitos olhares e revolucionam a maneira se morar. Espaços gourmet e de jogos, academia e lavanderias coletivas, são exemplos mais comuns de compartilhamentos, bem aceitos pela geração que busca espaços menores para viver, como forma de consumo inteligente e sustentável e sem perder a comodidade e a segurança.
Em áreas comerciais também é possível aproveitar as vantagens dos espaços compartilhados. Escritórios dos mais diversos segmentos podem compartilhar as mesmas salas de espera, recepção, café, toaletes e salas de reuniões, o que resultaria em economia e comodidade para todos. “Nos condomínios residenciais e em empreendimentos comerciais os espaços compartilhados devem ser bem planejados e administrados para que a utilização beneficie a todos e permita troca de experiências produtivas”, finaliza Paulo.